Assim no Baseball como nos negócios é essencial o trabalho em equipe, persistencia, acreditar, usar as suas habilidades, autocontrole, conhecer o aversário afim de obter o resultado almejado, o sucesso.
Montagem de equipe
O gerente-geral do Oakland A’s, Billy Beane (Brad Pitt), contrata jogadores descartados pelos grandes times. Não são craques, mas demonstram habilidades específicas. Com isso, obtém resultados expressivos — uma sequência de 20 vitórias consecutivas, por exemplo. Para um líder corporativo, é possível formar uma equipe com profissionais que não são considerados talentos completos, mas que são bons em algo? A resposta é “sim”.
“A característica de um time de alto desempenho é a multidisciplinaridade”, diz Edison Henrique Júnior, professor de equipes de alto desempenho da Business School São Paulo. Errado, nas empresas, é fazer o oposto: contratar pessoas à imagem e semelhança do chefe.
“O grande erro das organizações é buscar profissionais que são bons na mesma coisa”, diz Thais Blanco, vice-presidente da consultoria de capital humano da Aon Hewitt. Na formação de uma equipe, complementaridade é um critério importante.
Avaliação de desempenho funciona?
O foco central do filme é o método de avaliação adotado pelo personagem Billy Beane. Sua fé nos números é tão grande que ele não assiste à boa parte dos jogos — assim, evita formar opinião a respeito de um jogador com base em critérios emocionais. Dentro de uma empresa, a comparação que se faz é com os sistemas de avaliação de desempenho.
Criados em consultorias de recursos humanos, esses métodos frequentemente carecem de adaptação ao negócio da companhia ou à realidado país. “O mercado usa critérios obsoletos e esquece que gestão é uma ciência em evolução”, diz o consultor Eugênio Mussak, colunista da VOCÊ S/A.
Sistemas de medição de desempenho ruins levam a distorções. Ao valorizar e premiar profissionais errados, as empresas têm resultados piores e cultivam o sentimento de injustiça entre os que mais trabalharam.
Gênio, burro ou apenas complexo?
Apesar de ter feito uma pequena revolução na maneira de contratar jogadores, Billy Beane não é considerado um profissional excepcional na MLB. O Oakland A’s continua ocupando posições médias na tabela. Após um sucesso inicial, muitos times copiaram sua ideia e o efeito da mágica se anulou.
Mesmo assim, Billy está no cargo até hoje e até ganhou uma participação acionária no time — sinal de que os donos da franquia estão satisfeitos com seu trabalho. Numa organização, como um profissional com esse histórico seria visto? Provavelmente, como um medíocre.
“As empresas não estão preparadas para lidar com esse perfil porque elas querem resultado”, diz Marcos Piccini, executivo de liderança e talento da consultoria Korn/Ferry.
Mais um sinal de que as avaliações corporativas são incapazes de medir a complexidade que uma pessoa carrega. “O potencial da pessoa só é medido se observado de perto e na função dela”, afirma Mariá Giulese, diretora executiva da Lens & Minarelli, empresa de recolocação de executivos de São Paulo.
Mudando as regras
A adoção de um novo sistema de avaliação de jogadores nada mais é que uma inovação. O dirigente do Oakland A’s fez algo diferente e obteve uma vantagem competitiva por um tempo. Mudar as regras do jogo é algo que executivos desaprenderam a fazer.
“Existem ideias que estão muito arraigadas no mercado, mas ninguém se torna bem-sucedido copiando o que os outros fazem”, diz João Lins, sócio da PricewaterhouseCoopers. “O mercado vive uma síndrome das melhores práticas.” Para ter resultados extraordinários, o líder não pode temer mudar processos e regras, ainda que as alterações não sejam bem-vistas pelo mercado, como ocorreu com Billy.
Incompatibilidade de gênios
Uma visão moderna de carreira prega que a pessoa deve procurar o autoconhecimento, entender suas habilidades e colocar-se em atividades mais adequadas a seu perfil. Da mesma forma, uma empresa deve procurar conhecer seu funcionário e remanejá-lo para um cargo adequado a suas competências. É a moral da história do filme. “Todo mundo é bom em alguma coisa ou tem potencial para ser”, diz Thais Blanco, da Aon Hewitt.
“Mesmo as estrelas não sabem tudo.” Isso não isenta ninguém de buscar aprimoramento e atualização constantemente. No entanto, a compatibilidade entre um profissional e uma empresa só será testada de verdade na prática, no dia a dia do trabalho. Por isso, é comum encontrar bons profissionais que, ao serem promovidos ou mudarem de emprego, não repetem o desempenho que tiveram na ocupação anterior.
Dica de filme:Boa história sobre carreira, desempenho e liderança.
Fonte:
http://exame.abril.com.br/revista-voce-sa/edicoes/167/noticias/licoes-do-beisebol
http://www.empreendedorescriativos.com.br/noticias/pitch-do-baseball-aos-negocios/
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